Fundador de Alphaville, Renato de Albuquerque continua morando e investindo no bairro

Aos 90 anos, o personagem ilustre está a frente de uma nova empresa, a Artesano, que já tem dois projetos por aqui
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Alphaville comemora neste mês exatamente a idade que tinha Renato de Albuquerque quando iniciou um projeto na região. Aos 45 anos, juntamente com o sócio, Yojiro Takaoka (que faleceu em 1994), ele comandava as obras do que se tornaria nosso bairro – e também o maior case de sucesso em bairros planejados do país. Na época o local era considerado distante da capital, a 23 quilômetros da Praça da Sé, mas o empresário e engenheiro enxergou aqui uma oportunidade de desenvolvimento que ninguém mais via. Hoje, aos 90 anos, ele não é muito de dar entrevistas e fazer fotografias, mas aceitou responder algumas perguntas com exclusividade para esta edição especial da VERO.

No comecinho de tudo, quais foram os grandes desafios?

Enfrentamos problemas com água, telefone, transporte e muitos outros. A construtora entregava, diariamente, jornais e pão em domicílio. Para as escolas, a gente dava ou vendia terrenos em condições favorecidas. Também vieram por nossa mão a primeira farmácia, o primeiro posto de gasolina, o primeiro pronto-socorro, etc.

Então, vocês acreditavam muito nesse projeto…

Tanto que abandonamos nosso projeto anterior, no qual, com sucesso, executamos mais de 4.000 apartamentos em São Paulo. Antes disso, fomos empreiteiros de obras públicas nos estados do Sul do país. Alphaville foi o terceiro grande investimento em que avançamos.

E a ideia de levar Alphavilles para outras cidades?

Em 1994, o Nuno Lopes Alves, com quem eu já tinha feito negócios, tornou-se meu sócio, e passamos também a fazer Alphavilles pelo Brasil afora, além de Portugal. Hoje me sinto satisfeito. É aquela alegria de participar de algo importante e que deu certo.

Muitos dizem que Alphaville está perdendo a tranquilidade, a segurança e o contato com a natureza. Acredita nisso?

Os residenciais continuam tranquilos e seguros. As administrações os melhoraram desde a nossa entrega. Introduziram equipamentos esportivos e clubes, os jardins são bem cuidados, os lotes não construídos são limpos e a segurança é muito boa. Hoje acho que Aldeia da Serra substitui Alphaville em relação ao bucolismo, porém, a infraestrutura comercial deixa a desejar.

A Artesano é sua nova empresa de urbanismo, criada em parceria com Nuno Lopes Alves. O que vem por aí?

A Artesano foi criada em julho de 2017, quando acabou o período de no compete com a Alphaville Urbanismo. Notamos que havia um espaço no mercado para especialistas em desenvolvimento urbano que tivessem a qualidade de projetos que eu e o Nuno imprimimos pessoalmente. É o olho do dono e o aperto de mão que trazem confiança aos proprietários de áreas e aos clientes finais que compram nossos lotes. Temos dois projetos em desenvolvimento na região, mas ainda estão em fase preliminar. Além disso, estamos trabalhando na captação de novas áreas próximas a grandes e médias cidades

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