Barueri: jovem, bem sucedida e ainda com muito potencial pra alcançar o seu nível máximo de desenvolvimento

Barueri exige que a iniciativa privada siga restrições de uso, ocupação e parcelamento de solo e compense com contrapartidas
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Foto: José Ceará – 2º lugar na categoria Amador do Prêmio Barueri de Fotografia

No fim de março, Barueri comemorou 72 anos, um município de economia forte e que segue com muito potencial de desenvolvimento. Cortada pela Rodovia Castelo Branco, a apenas sete quilômetros de distância do Rodoanel Mario Covas, 29 da capital paulista, 97 do Porto de Santos e 53 do aeroporto de Guarulhos, Barueri tem na localização privilegiada apenas um de seus principais atrativos de investimento.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desenvolvimento de Barueri ganhou força a partir de 1973, quando a Câmara Municipal aprovou a Lei de Zoneamento Industrial que permitiu o surgimento de pólos empresariais como os de Alphaville, Tamboré, Jardim Califórnia e, mais recentemente, o Distrito Industrial do Votupóca.

Com a vinda das grandes companhias, Barueri passou a apresentar números que atraíram olhares de outros municípios brasileiros. Segundo dados da prefeitura, há registradas 34.614 empresas na cidade, sendo 4.568 novidades cadastradas em 2020. O Produto Interno Bruto (PIB) supera R$ 50 bilhões, sendo o 6º do estado de São Paulo e o 15º do Brasil, de acordo com o IBGE.

No ano passado, no meio da pandemia, foi eleita pela Urban Systems a melhor do país para investir no comércio, além de estar na segunda posição entre as melhores para investir no setor de serviços. Como se fosse pouco, no mesmo estudo, ficou entre as 10 melhores para investir no mercado imobiliário. 

Nada disso é à toa, mas os desafios também são grandes. Estima-se que a cidade tenha cerca de 277 mil moradores e uma população flutuante de 200 mil pessoas, ou seja, muita gente para ir e vir todos os dias. “Quando a cidade vai crescendo, vai chegando mais gente e os problemas de trânsito viário, por exemplo, começam a ficar mais intensos. Então, é importante estar preocupado em fazer investimentos de forma que a cidade possa crescer sem causar transtorno”, diz o prefeito de Barueri, Rubens Furlan.

Neste sentido, muita coisa se espera de uma cidade rica e tão atrativa para empresas, comércio e mercado imobiliário: planejamento estruturado, boa malha viária, mobilidade de qualidade e uma excelente infraestrutura de serviços. Mas isso não seria uma utopia? Como equilibrar, por exemplo, a alta demanda de empreendimentos residenciais e corporativos, que gera receita para a cidade, com todos os problemas comuns de grandes centros urbanos?

Em entrevista à VERO, Nilton de Souza, Secretário de Planejamento e Urbanismo de Barueri, diz que o trabalho baseado na Lei de Zoneamento Municipal – que já passou por algumas atualizações –, possibilita a instalação de empresas e empreendimentos no município de forma ordenada e responsável. Basicamente, a lei estabelece normas e restrições para uso, ocupação e parcelamento do solo.

Então, para não inibir os investimentos imobiliários na região, Barueri passou a exigir que a iniciativa privada seguisse as medidas e, ainda, compensasse com o mínimo de contrapartida. “Em 2013 foi incluso nesta lei o conceito de Polo Gerador de Tráfego (PGT) com a obrigatoriedade da apresentação do Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) para aprovação de empreendimentos de grande porte e, consequentemente, a proposta de execução de obras mitigadoras para minimizar os problemas gerados por eles. Com isso, foi formada uma comissão unindo todos os problemas previstos nos bairros com potencial de desenvolvimento elevado e está sendo elaborado um plano de melhoria viária em vários pontos da cidade”, diz o secretário Nilton.

Para Leonardo Cunha, gerente da Associação Residencial e Empresarial de Alphaville (AREA), o trânsito é inerente ao crescimento em todas as cidades do mundo. “Temos condições muito melhores que a capital com seus rodízios e congestionamentos. Mas sabemos que é importante sempre manter o investimento em obras viárias”, diz ele.

Ainda dá para crescer?

De acordo com o secretário de planejamento e urbanismo, sim. Além de Alphaville, Barueri conta com outras regiões com forte potencial de desenvolvimento. É o caso da Aldeia de Barueri, que fica aqui do lado, do Votupóca, da Cruz Preta e do Bairro dos Altos.

Do lado das incorporadoras, o desejo de continuar investindo em Barueri é concreto. A MPD, empresa que nasceu na região e hoje é uma das principais na área de construção civil do Brasil, ainda acrescenta outros bairros. “Desde a Vila Militar, próxima ao centro da cidade, até os extremos, como a Aldeia da Serra. No entanto, esse crescimento deve ser acompanhado de planejamento, não basta levar apenas um novo empreendimento imobiliário. É fundamental garantir uma estrutura que dê suporte a isso, que atenda com qualidade os futuros moradores. E principalmente, pensar nesse desenvolvimento de maneira sustentável, respeitando esse cinturão verde em que a cidade está inserida”, diz Lígia Machado, gerente de marketing.

A incorporadora garante que está preparando para 2021 alguns projetos especiais tanto para Alphaville quanto para a região. “O setor está muito aquecido. A baixa taxa de juros e as facilidades de financiamento atuais tornam esse um momento econômico muito favorável para se adquirir um novo imóvel. Além disso, com a pandemia e o estabelecimento de tendências como o home office, vemos surgir um novo perfil de morador: que está em busca de mais espaço, área externa, um lugar que não precisa ficar tão próximo aos bairros centrais de São Paulo. Isso torna as expectativas para toda a região de Barueri positivas para esse ano” diz Lígia.

Outra empresa que deve seguir apostando na região é a MódenaCipel. O sócio Luís Henrique Moreira destaca o Meville Empresarial II e diz que considera lançar um novo empreendimento ainda nesse semestre. “Estamos otimistas e considerando que 2021 será um ano com excelentes realizações imobiliárias”, conta.

Quem também entende do assunto é Marcelo Moralles, da Upgrade Imóveis: “O 18 do Forte e o Green Valley se transformaram em grandes escolhas pela infraestrutura e facilidade de acesso. Porém um novo eixo começa a chamar a atenção que é na região do Mackenzie, com a proximidade das empresas e fácil acesso a Castelo Branco”.

Ou seja, o que não faltam por aqui são lugares que são verdadeiras apostas do mercado imobiliário e também da classe empresarial, que devem investir ainda mais na cidade. Moacyr Félix, presidente da Associação Comercial e Industrial de Barueri, concorda que esse é um dos setores que deve movimentar a cidade em 2021. Para ele o mercado residencial está aquecido devido a busca das pessoas por qualidade de vida, segurança e a praticidade de morar próximo ao trabalho. “Como é esperado, o aumento do número de moradores na região também incentiva o comércio local, formando um círculo positivo”, diz ele.

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