Mães duas vezes: histórias de avós de Alphaville nada convencionais

Um ensaio fotográfico lindo e histórias de avós nada convencionais para homenagear todas elas, que amam seus filhos e netos, mas também amam viver
|
Julia

Neste mês de maio, em que as homenagens são todas voltadas para as mães, decidimos trazer aqui aquelas que são mães há mais tempo, que já passaram pelos momentos mais difíceis para educar os filhos, e agora se deleitam com uma adicional e deliciosa função: a de ser avó. Pedimos aos nossos leitores indicações de avós, moradoras de Alphaville, nada convencionais. Elas são empresárias, esportistas, ousadas, aventureiras. Aquelas, que podem até fazer um bolinho com calda de chocolate para ganhar ainda mais os netos, mas não deixam de curtir o que realmente amam fazer. Reunimos seis delas em nossa redação para serem fotografadas e o resultado ficou incrível – como você pode ver nas próximas páginas. Tem outras sete histórias e entrevistas tão boas quanto, porém com imagens fornecidas. Não deixe de ler na sequência deste ensaio.

Netos, sim. Gatos, também!

Cris Savian , 60

Não é do perfil de Cris, 60 anos, ficar quietinha em casa. Quando o modo avó é ativado, ela gosta mesmo é de dançar, cantar e brincar com os dois netos. “Eu até ajudo na empreitada de educar, mas não levo como uma responsabilidade minha”, diz ela que é mãe de cinco, além de duas sobrinhas que moram em sua casa. Almoço em família? Só se o maridão – por quem se diz apaixonada depois de 37 anos de casados – for para a cozinha. “Do contrário, vamos todos para um restaurante”, conta sem rodeios. Cris trabalhou como psicóloga até os 50 anos. Depois disso, planejou viver tranquilamente entre almoços com as amigas, passeios e viagens. Mas tudo foi por água abaixo quando começou a se sentir ociosa. “Conheci algumas mulheres fantásticas dispostas a melhorar um pouquinho o mundo. Nos unimos e formamos a SOS PET Alpha, ONG que procura dar uma vida digna aos animais em situação de abandono. Atualmente sou responsável pelo núcleo felino, onde estão abrigados aproximadamente 70 gatinhos. É um trabalho pesado, não há um dia que passamos sem saber alguma história trágica envolvendo animais. A pressão, a angústia, a preocupação são imensas. Mas a gratificação de vê-los bem colocados em uma família é simplesmente imensurável”, diz emocionada.

Vovó atleta

Sueli Rocha de Souza, 69

Inspiradora é sinônimo de impulsionadora, de influenciadora e, sem dúvidas, de Sueli. Uma mulher, de 69 anos, aposentada, decidiu que a idade não a limitaria, pelo contrário. Com duas filhas e duas netas, a avó é uma apaixonada por esportes. Em 2006, ela começou a pegar gosto pela corrida. Com a atividade frequente, evitou a diabetes e crises nas três hérnias discais lombar que tem. Hoje, acumula dez pódios na modalidade, três corridas São Silvestre, quatro meia maratonas, além de algumas aventuras, como saltar de paraquedas aos 62 anos e voar de asa-delta. Uma das recompensas fica literalmente na linha de chegada, quando Luiza, sua neta de cinco anos, está lá a esperando. “Como mãe, o papel principal é o de criar e educar. Mas o gostoso de ser avó, é ser uma cúmplice e guia nas aventuras”, conta. Ainda neste ano, Sueli deve acrescentar um voo de balão na lista. Em breve, deve levar as pequenas juntas.

Nunca é tarde para recomeçar!

Marta Magalhães Hopf, 63

Entrar no mercado de trabalho depois dos 60 anos seria uma opção para você? Para Marta, com certeza! A professora particular, depois de perder todos os seus alunos por conta da pandemia, decidiu definitivamente não ficar parada. Avó de quatro netos, ela começou a trabalhar na empresa dos filhos aprendendo com os estagiários. “Fui passando de área em área. Quando entrei, mal sabia mexer no mouse do computador, hoje acesso todos os sistemas, resolvendo questões de todos os departamentos. Meus alunos agora estão voltando, então durante um período do dia, fico na sala de reunião dando aulas”, diz ela. É ou não é para admirar essa coragem de se adaptar a qualquer situação? Dá para entender porque todos ao seu redor sentem tanto orgulho dela. E para completar, mesmo com tantas atividades, tem muita disposição para brincar com os netos. “Quando eu tive meus filhos, eu era muito jovem e tinha muito cansaço físico. Eu me virava entre cuidar da casa, fazer comida e cuidar deles. Hoje em dia, com meus netos, aproveito muito mais”.

Avó aos 49

Nyna Azevedo, 53

Existe forma e receita para ser uma avó adorada pelos netos? Precisa cozinhar? Talvez, fazer crochê? De Dona Benta (do Sítio do Picapau Amarelo), uma das personagens mais amadas da literatura e televisão brasileira, Nyna Azevedo, de 53 anos, não tem muito. Ela adora sim cozinhar, mas também gosta de levantar peso na academia, fazer aulas de dança do ventre, de hip hop, lutar muay thai e aprender a falar esloveno. É que para ser avó, Nyna tem o principal: muito amor para dar. Atriz, modelo e empresária – dona de uma agência de modelos –, ela foi avó há três anos, aos 49. São quatro filhos, quatro enteados e duas netinhas lindas, inclusive uma recém-nascida. “Ser avó jovem não foi algo improvável, mas surpreendente. Nunca imaginei que seria tão legal. Das muitas situações inusitadas, este novo ciclo supera todas elas”, diz Nyna.

Apaixonante é o sobrenome dela

Maria José Aveiro Andrade Vaz (Zeza), 76

Portuguesa, da Ilha da Madeira, Zeza, como é chamada, mora em Alphaville há mais de 17 anos. Amável, espiritualizada, escritora e poliglota, ela adora reunir a família no almoço de domingo. Mas se você acha que vai rolar comidinha da vovó, está enganado. “Aqui em casa os chefs são meu marido Raul e meu filho Sérgio”, conta. No total são cinco filhos, sete netos e muitas experiências de vida para compartilhar. A começar por seu livro “E a esperança é a última que morre?”. Na pandemia, ela fez questão de gravar em vídeo todas as orações publicadas na obra para espalhar um pouquinho de amor e esperança pela internet. Zeza sempre foi assim. Faz o que tem vontade, como a vez que levou os netos para a natação e aprendeu a nadar também: “Foi mágico”. Ou navegar na internet para aprender um novo idioma. “Todos os dias, quando acordo, agradeço e inicio o dia com alegria. Tomo café com meu marido, filha, genro e neta, cuido das minhas plantas e dos animais. Gosto de ler, tocar teclado, aprender francês no YouTube, assistir futebol, fazer caminhada e praticar yoga. E claro, sou muito presente na vida dos meus filhos e netos. Sou grata pela minha família unida”.

Se não for para viver intensamente, ela nem vai!

Rosa Maria Horie, 72

Amar a vida e a si mesma. Esse é o lema da jovem, linda e ousada Rosa Maria, de 72 anos. Com três filhas e quatro netos, ela não deixa de fazer o que realmente a faz feliz. E o resultado são histórias boas para contar. No último Natal ela se presenteou com um quadriciclo. Em 2019, precisou ser resgatada pelos turcos após o balão, que passeava na Capadócia, cair nas montanhas. E quando o assunto é ser vovozona, é com ela mesma. “Sou presente na vida dos meus netos. Quando precisa, busco na escola, levo ao clube, passo nos condomínios para pegar os amigos, levo e busco na balada de madrugada”, conta a empresária do ramo pet, que no seu dia a dia trabalha, faz musculação e pilates. “Quando cheguei aos 72, meu médico perguntou: ‘o que a senhora pretende fazer nesses seus 50 anos que ainda tem pela frente?’. Eu respondi: ‘pretendo entrar no ramo de construção. Estou terminando de construir uma casa e já pensando na próxima”. Ela definitivamente não para. “Amo viver!”.

Respeite a juíza!

Elizabeth Bortoloto, 54

A Juíza de Direito da 6a Vara Cível de Barueri, Elizabeth Bortoloto, de 54 anos, tem apenas um neto, Joao Pedro, de três aninhos. “Com ele eu volto a ser criança e esqueço a seriedade da profissão”, diz ela, que tem uma rotina bem agitada. “Começo a trabalhar logo cedo. Apenas tenho pausa de duas horas semanais para aulas de inglês online”, conta. Mas quando chega o fim de semana, Beth não abre mão de aproveitar o pequeno. “A diferença entre ser mãe e avó é que agora nos sentimos mais seguras e encaramos os problemas com mais tranquilidade, serenidade e equilíbrio”.

Medo? De que?

Célia Taberner, 71

Os cinco filhos e sete netos – o oitavo a caminho – moram no mesmo condomínio de Célia Taberner, aposentada, de 71 anos. Ela conseguiu com que todos ficassem ali por perto e a poucos passos – não que fosse uma exigência, mas é que ninguém consegue ficar longe desta incrível mãe e avó. Célia é aquela companhia que agrada a todos, principalmente os netos, que adoram viajar sozinhos com ela. Mas não são todos os passeios que ela vai para ficar de olho nos pequenos não. Por exemplo, foi ao Busch Gardens, na Flórida, para apreciar uma bela montanha-russa. Enquanto todos fechavam os olhos com medo, ela comentava a beleza vista lá de cima: “puxa, se eu tivesse minha câmera fotográfica”. E que tal um bate-volta na garupa de uma Harley para almoçar no Guarujá? “Foi um passeio maravilhoso”, disse. Ela é dessas, topa tudo. Só não conte com ela para o tricô!

Diversão é com ela!

Maria Silva, 64

Professora do ensino infantil há mais de 20 anos, Maria Silva, de 64 anos, não quer se aposentar e tem uma vida super agitada. Em uma conversa rápida, já dá para perceber o espírito jovem que ela faz questão de exaltar. Vovó Maria tem três filhos e três netos. Gosta de sair com as amigas, tomar uma cervejinha, ir para a balada, pintar o cabelo e de estar sempre disposta. “Amo sair para me divertir com a minha família e amigas. Assim sigo a minha vida, como uma mulher da terceira idade, mas com o espírito de menina. E quando encontro com meus netos é uma alegria só, inventamos muitas coisas legais para brincar”, diz.

Força no pedal

Cristiane Bisoni, 54

Jovem, esportista e animada. Assim Cristiane Bisoni, empresária do setor de construção, de 54 anos, se define. “A idade pode chegar, mas o corpo e a mente não param”, conta a avó de um netinho e mãe de dois filhos. Cristiane sempre fez caminhada e gostou de pedalar, mas foi há um ano que se apaixonou de vez pelo ciclismo. Além de treinar na região de Alphaville, já participou do L’etape Rio, pedalou na Golden Gate, em São Francisco, e na Holanda. “Esse esporte me dá uma sensação de liberdade, me faz sentir bem, ter qualidade de vida. Saber que sou avó e ativa me deixa muito feliz. Hoje eu sei que a idade não me limita, só preciso estar bem, com a mente bem”.

Netos de presente

Selma Silva, 56

Chocolate? Sobremesas deliciosas? Bolos? Não na casa de Selma, de 56 anos. Além de mãe de dois e avó de três, ela é nutricionista e prioriza a alimentação exemplar da família. “Quando meu neto nasceu, parei de trabalhar e passei a me dedicar a ele, para que minha filha, que foi mãe aos 18, terminasse os estudos e trabalhasse”, conta. A energia para cuidar de um pequeno correndo pela casa veio de muito amor e carinho, mas também de muita musculação e pedaladas. Selma não deixa de fazer o seu treino diário por nada. “Todos os dias, a primeira coisa que faço é andar de bike. Sou apaixonada pelo ciclismo”, diz ela, que de vez em quando também topa umas loucuras, como nadar em cavernas.

Ousadia é com ela mesmo

Loilhana Alonso, 72

A advogada especialista em direito empresarial diz que não quer saber mais da profissão. O objetivo de Loilhana, de 72 anos, é ser feliz, festejar, se dedicar a solidariedade – é fundadora do movimento Meninonas S.A. –, e participar de tudo que envolve os seus três netos, incluindo as dancinhas virais da internet. “Eles são adolescentes e não querem que eu fique na cola (risos). Eles me chamam de Lolo. Vez ou outra posto nas redes sociais alguma dancinha e marco eles, que dizem: ‘Por favor, menos Lolo, menos!’”, ri. Pois os netos que lutem, porque vovó Lolo acaba de ser destaque no Abre Alas da escola de samba Vai Vai neste carnaval. Voa, Lolo!

Beach tenista das boas

Kézia Figueiredo, 63

Ser mãe é maravilhoso, mas ser avó é mais divertido. “É muito bom curtir os netos, sem as obrigações do dia a dia como um filho exige”, conta Kézia Figueiredo, de 63 anos, que divide a sua rotina fazendo as coisas que mais gosta de fazer: aproveitar os netos, o marido (com quem é casada há 43 anos), fazer trabalhos manuais como crochê, tapetes arraiolo e bolsas e, claro, jogar beach tennis, sua atual paixão. “Apesar de ser uma avó muito presente, consigo me organizar e manter um ritmo social e esportivo bem ativos. Joguei vôlei por muito tempo e atualmente estou 100% dedicada ao beach tênis”, diz a mãe de dois e avó de quatro.

{{ reviewsTotal }}{{ options.labels.singularReviewCountLabel }}
{{ reviewsTotal }}{{ options.labels.pluralReviewCountLabel }}
{{ options.labels.newReviewButton }}
{{ userData.canReview.message }}