Mariana Minerbo é doutora em psicologia clínica. Estudou a influência do modo de vida contemporâneo e é ainda especializada em atendimento infantil e de adolescentes. Em suas sessões segue a orientação psicanalítica. Calçada das Papoulas, 61, Centro Comercial Alphaville, (11) 4195-1888 / (11) 91325.7615
Por que psicossomático?
O conceito de psicossomático é complexo e para tentar simplificar, essencialmente, ele se refere a transtornos corporais, transitórios ou permanentes, resultantes de problemas psíquicos
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Durante muito tempo separou-se o campo de atuação da medicina que cuidava basicamente dos distúrbios orgânicos (somáticos) dos da psicologia, à qual pertenciam os problemas de origem emocional (conduta, pensamento, etc.)
Um conhecimento mais profundo do psiquismo, no qual elementos inconscientes desempenham papel fundamental, fez com que os transtornos humanos sejam evidenciados de uma forma mais abrangente e global. Vários fatores componentes na formação de um problema de saúde passaram a ser reconhecidos, ampliando assim o foco para o conjunto mente-corpo, isto é, psicossomático.
O conceito de psicossomático é complexo e para tentar simplificar, essencialmente, ele se refere a transtornos corporais, transitórios ou permanentes, resultantes de problemas psíquicos.
A complexidade consiste, portanto, nos fatores componentes acima referidos, que são a constituição biológica, (genética, congênita) e a forma como um determinado indivíduo integra esta constituição biológica com a sua história de vida, fatores ambientais, acontecimentos recentes, resultando assim em uma predisposição, aonde cada elemento pode ser a “gota d’água” para o início de distúrbio, ou não.
É evidente que na presença de qualquer tipo de emoção, todos os órgãos podem apontar alterações, mas nem sempre devem causar preocupação, pois existe também um sinal de alerta para “lutar ou fugir”. Frequentemente ouvimos: “Levei um susto que quase me mata do coração”; “Aquela prova me deu dor de cabeça”; “Nossa que dor de barriga, só de pensar”. Esses exemplos expressam respostas individuais a diversas emoções, e quando ocasionais não merecem atenção especial, apenas quando repetitivas, persistentes e incômodas.
Notou-se, portanto que um distúrbio, tanto orgânico como psíquico, não é algo isolado ou fortuito, mas um processo múltiplo que depende do arranjo de seus fatores. Este enfoque chamado dinâmico, opõe-se à ideia de que apenas um fator é responsável por um sintoma.
Com o progresso das pesquisas, admite-se mais amplamente que qualquer problema de saúde pode ser considerado psicossomático, até certo ponto, por observar-se que uma perda, um conflito podem predispor o organismo, reduzindo-lhe a resistência, a uma série de distúrbios, conscientes ou inconscientes, que vão de um leve resfriado, a uma grave infecção e até mesmo a um acidente.
Mas como este ponto de vista é mais recente e às vezes polêmico, existem as afecções mais “classicamente” conhecidas como psicossomáticas, isto é, respostas orgânicas aos conflitos psíquicos, como por exemplo: a asma, a úlcera, a colite, a artrite reumatoide, a hipertensão, entre outras.
Por trás de cada problema de saúde existe uma história individual, um interjogo de forças, e uma mensagem de que tal sintoma, para aquela pessoa, e naquelas circunstâncias, foi um dos recursos encontrados para lidar com uma determinada situação.
O tratamento consiste em cuidar da parte orgânica por clínicos especialistas nas áreas afetadas e a psicoterapia auxilia na elaboração dos conflitos psíquicos, levando sempre em conta a visão global e multifatorial do ser humano.
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