Wilson Medeiros: "Help! Como pedir ajuda aos negócios"

Quando não se conta com a adequada assistência, especialmente, em época de situações adversas, vemos muitas empresas com algum tipo de “estado de saúde alterado
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Todo mundo precisa de ajuda. Inclusive os negócios. Na cultura corporativa moderna, cada vez mais colaborativa, é impossível crescer sem um trabalho coletivo, sem a ajuda dos outros. Estou falando de equipes que atuam em várias áreas e estruturas que minimizam a hierarquia e evocam a constante cooperação de gestores, funcionários e colegas. Portanto, seu desempenho e desenvolvimento profissional e empresarial depende mais do que nunca da busca por apoio.

Quando não se conta com a adequada assistência,  especialmente,  em época de situações adversas, vemos muitas empresas com algum tipo de “estado de saúde alterado”, como insuficiência de caixa, endividamento, modelo de negócio desatualizado,  e por aí vai. Muitas já morreram, outras pediram recuperação judicial, mas há uma boa quantidade que pode ser salva. Para isso, é sempre bem-vindo um pedido de “help” na direção de recalcular a rota ou, no mínimo, acertá-la.

Acontece que nem todo mundo se sente à vontade para pedir ajuda. Pesquisas de neurociência e psicologia, por sinal, indicam que os sentimentos de incerteza, risco de rejeição e queda de status ativam as mesmas regiões do cérebro estimuladas pela dor física. Daí a dificuldade de solicitar apoio no ambiente profissional, onde a demanda é por demonstrar a melhor performance possível.

O primeiro passo, portanto, é superar a resistência em pedir amparo. E a maneira mais fácil de fazer isso é perceber que a maioria das pessoas está disposta a dar aquela mãozinha. É importante também acertar o tom da solicitação. Segundo Heidi Grant, psicóloga dedicada a estudar motivação, e autora de “9 atitudes das pessoas bem-sucedidas”, o segredo é fazer com que o pedido recaia sobre os benefícios. “Você quer que as pessoas sintam que vão ajudar porque querem, não porque devem, e que a decisão compete a elas. Isso significa evitar linguagem que sugira que você as está forçando a auxiliar”, ensina ela, em recente artigo na Harvard Review.

Portanto, vale evitar frases do tipo “Posso pedir um favor?”, ou “Sinto-me péssimo em lhe pedir isso”, ou ainda minimizar o esforço dizendo que “é só uma coisinha boba”. O ajudante em potencial, na verdade, precisa se sentir fazendo parte de uma equipe. “Isso remete a necessidade humana, inata, de sentir-se parte de círculos sociais de apoio — e de assegurar-lhes o bem-estar”, diz a especialista.

Vale aqui lembrar dos consultores, conselheiros, e toda a contribuição que pode vir de fora também. Uma pesquisa feita por um aluno da Stanford University, por exemplo, mostrou que apenas mencionar a palavra “juntos” faz a diferença na resposta ao pedido. “Preciso da sua ajuda para resolvermos isso juntos”, pode ser uma boa proposta.

Outro sinal positivo para potenciais apoiadores envolve destacar o reconhecimento de que eles têm um talento ou posição ímpar. Por fim, as pessoas desejam ver o impacto que sua ajuda terá. Saber que ações geraram os resultados esperados, afinal, é uma motivação humana básica. Por exemplo, ao pedir a um colega que revise a proposta de um cliente, prometa que dará satisfação do resultado. E  depois de agradecer –outra atitude fundamental –cumpra a promessa.

Com o tempo, vai perceber uma melhora na equipe e na empresa como um todo, que certamente vai se refletir no aumento tanto da satisfação do cliente quanto nos lucros.

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