Os desafios da transição da menopausa

A crise da meia-idade feminina e seus desafios físicos, emocionais e alimentares
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Ao contrário do que muita gente pensa, as alterações causadas na menopausa podem e devem ser tratadas. Sintomas como alteração de humor, calores, irritação, noites mal dormidas, ganho de peso, aumento da circunferência abdominal e, muitas vezes, unhas fracas, queda de cabelo e mudança na pele, são causados pela falta do hormônio Estrógeno, que fica defasado nessa fase. Ele tem papel fundamental na dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando o fluxo, evitando o depósito de gordura nas artérias e diminuindo o risco de infarto. Esse é um dos problemas recorrentes em mulheres após os 50 anos ou que já estão na pré ou pós-menopausa – e que não dão importância de ter acompanhamento do cardiologista e, mais ainda, de um nutricionista, que orienta com plano alimentar para melhorar a qualidade de vida.

Até a década de 90, o climatério feminino era tema raramente abordado, tanto na literatura científica quanto na leiga. A maior parte das mulheres afirma que a menopausa devia ser vivida de forma discreta e silenciosa. O papel da informação nesse momento é fundamental, uma vez que as mulheres lamentam desconhecer as alterações orgânicas e emocionais, que podem ser de grande impacto na autoestima.

A geração de mulheres que chegou a fase de menopausa no final dos anos 90, reivindicando maior compreensão e informação, teve uma concepção gradualmente substituída: de doença para uma etapa natural da vida da mulher. Mas, é claro, sempre com o acompanhamento devido. Porque, quando pensamos em saúde da mulher, a queda nos níveis do hormônio Estrogênio pode prejudicar o equilíbrio da microbiota oral, vaginal e intestinal e promover o aparecimento de doenças. Então, é preciso ter cuidados adicionais. A baixa massa óssea e a baixa massa muscular e, ainda, algumas doenças gastrointestinais, como a síndrome do intestino irritável (SII) e a constipação idiopática de trânsito lento, são situações que podem estar relacionadas a quadros de disbiose (permeabilidade intestinal), comum no período pós-menopausa.

A microbiota intestinal desempenha papel na regulação do metabolismo e é responsável por 80% da nossa imunidade. Por meio de uma anamnese bem detalhada é possível ter um diagnóstico nutricional e estabelecer uma conduta no tratamento com suplementos probióticos e dieta adequada, promovendo a redução da permeabilidade intestinal, contribuindo na melhora da resposta imunológica, refletindo no organismo como um todo. Fica, então, cada vez mais evidente a importância do microbioma para a saúde e principalmente da mulher, incluindo a qualidade da dieta nessa fase. Frutas, verduras e legumes são ricos em vitaminas e minerais, promovendo uma sinergia nutricional de antioxidantes, polifenóis e fibras que auxiliam na saúde do intestino e ajudam na saciedade. Já castanhas e sementes de linhaça podem auxiliar na redução de ondas de calor e, sobretudo, na melhora da memória. Além disso, atividade física é um fator que favorece nas alterações metabólicas, potencializando bons resultados.


Vilma Moraes Barros, nutricionista, membro do Conselho Regional de Nutrição-SP, especialista em Nutrição Clínica e Terapia Nutricional Enteral e Parenteral, formação em Modulação Intestinal, pós-graduanda em Nutrição Esportiva Funcional  – Av. Sagitário, 138, Alpha Square Mall, Torre London, 7º andar, cj 715, (11) 4153-9589 | @vmbnutri

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